domingo, 21 de outubro de 2007

Sobre a vida de um místico

Sobre a vida de um místico




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Por mais estranho que pareça, a verdade é que muitos católicos (mesmo aqueles que são praticantes) nunca ouviram falar do Padre Pio e, se alguma vez ouviram falar dele provávelmente desconhecem tudo ou quase tudo acerca desse outro Cristo de carne e osso que andou pelo mundo durante 81 anos.
O Padre Pio morreu em 1968 e, durante 50 anos viveu com as cinco chagas de Cristo, nas mãos, nos pés e no lado esquerdo. Mas, afinal, quem foi o Padre Pio?
O Padre Pio nasceu a 25 de Maio de 1887. No Baptismo recebera o nome de Francisco e, logo muito cedo, eram notáveis os seus muitos talentos. Ainda em criança, enquanto os irmãos brincavam, Francisco optava pela oração, afastava-se deles para um lugar solitário para rezar.



O seu primeiro milagre ocorreu quando era ainda jovem, tinha apenas 13 anos. Certo dia uma senhora levou-lhe de presente umas castanhas embrulhadas num papel. Ele guardou o papel e, passado algum tempo, foi a casa dessa senhora devolver-lhe o papel que servira para embrulhar as castanhas. Ela guardou-o como se fosse uma futura relíquia. Algum tempo depois houve um incêndio no seu celeiro ficando a senhora grávemente ferida. No sofrimento ela lembrou-se do papel e colocando-o por cima das queimaduras ficou completamente curada.
Aos 15 anos entrou para a Ordem Franciscana dos Capuchinhos. Passado algum tempo, enquanto se encontrava em meditação, ouviu uma voz que lhe disse: "Vais sofrer as chagas de Cristo, tal como São Francisco".


A 20 de Setembro de 1915 Padre Pio recebia as chagas invisíveis de Cristo (nessa altura viveu o sofrimento de Cristo mas as feridas ainda não eram visíveis pelo que só passaram a ser visíveis 3 anos após essa experiência). Tudo aconteceu no dia 20 de Setembro de 1918 enquanto estava em oração, frente a um crucifíxo, uma luz fortíssima saiu da Cruz e projectou-se em direcção a Padre Pio deixando-o ferido nas mãos, nos pés e no lado esquerdo. Estava caído no chão quando alguns colegas o encontraram, depressa pegaram nele e levaram-no para o quarto da cama. Desde essa altura as feridas permaneceram e sangravam contínuamente. Foram cinquenta anos de sofrimento contínuo. Depressa as notícias correram o mundo. Por várias vezes foi examinado por cientistas e peritos médicos. Não conseguiram explicar as feridas e porque razão se mantinham abertas e incuráveis. As feridas sangravam mais durante a noite pelo que o Padre Pio tinha de usar luvas brancas de algodão. O sangue derramado por dia equivalia a uma xicara de chá e, todos os dias as luvas eram substituidas, isto durou cerca de 50 anos consecutivos.








Uma senhora certo dia perguntou-lhe "Padre Pio, as suas feridas doem-lhe?" a isto ele respondeu assim: "doem-me como se metesse um prego e andasse com ele à volta" e, também acrescentou, "as minhas feridas são chamas de amor divino e eu sofro alegremente com elas", sofria tal como Cristo pela conversão dos pecadores.







Quando o Padre Pio rezava missa tirava sempre as luvas e, por vezes, entrava e saía de extâses com muita regularidade, ficando por vezes estático junto ao altar durante horas seguidas. Também era frequente chorar, sobretudo durante a missa e, durante a consagração seu corpo tremia todo com muitas dores, a consagração durava em média uns cinco minutos. Milhares de pessoas (vindas de todo o mundo) assistiam todos os dias às missas do Padre Pio e, segundo testemunhas oculares, quando o Padre Pio comungava ficava radiante e normalmente entrava em extâses que podiam demorar horas seguidas.
Muitas foram as experiências vividas por este homem e pelas pessoas que o rodeavam, muitas pessoas procuravam-no para confessarem os pecados e durante a confissão muitas vezes o Padre Pio interrompia para mencionar um determinado pecado que havera ficado esquecido, quando isto acontecia as pessoas ficavam comovidas até às lágrimas, e saíam convertidas, completamente mudadas para sempre. Isto não era um homem qualquer, era o próprio Cristo no meio dos homens!
É sabido que João Paulo II visitou o Padre Pio mesmo antes de sequer saber que seria Papa. Este olhou para ele com um olhar que parecia penetrar-lhe a alma e disse-lhe, precisas aprender a falar muitos idiomas porque um dia serás Papa.
O Padre Pio foi visto fora do Convento por várias testemunhas e em várias instâncias sem nunca ter na realidade saído para fora, foi visto inclusivé no Santuario de Lourdes em França e muitas outras vezes ao lado de doentes que estavam internados em hospitais italianos.





O Padre Pio tinha inimigos e muitos amigos. Muitos donativos que recebeu daqueles que o visitavam foram aplicados na construção de um hospital ali perto. Certo dia passau um sujeito de Taxi pelo local e, ao ver todas aquelas multidões, perguntou ao taxista porque estavam aquelas pessoas todas ali paradas. O taxista tentou explicar que estavam ali para ver o Padre Milagroso que estava a construir um hospital e que curava muitos doentes, nisto o sujeito começou a falar mal do Padre Pio ali mesmo em frente daquela multidão e, chegou mesmo a dizer que qualquer dia estariam ali todas de novo para celebrar a morte desse maldito padre milagroso, mais à frente o sujeito pediu ao taxista para parar o carro junto a um restaurante pois que tinha de almoçar. Neste mesmo intante, ao sair do carro para entrar no restaurante caíu morto no chão. O sujeito tinha apenas 30 anos de idade. Uma senhora que se encontrava ali junto à multidão, ao ter conhecimento da morte desse sujeito, foi de imediato contar tudo ao Padre Pio e ele disse-lhe "não era preciso me vires contar isso" "eu mesmo o vi morrer, pois eu estava junto de Deus, como aquelas pragas não me puderam fazer mal caíram por cima dele".
O Padre Pio era um mártir do confessionário, passava ali longas horas, cerca de 18 horas por dia. Vale a pena salientar também que Padre Pio dormia apenas 3 horas por dia e o resto do tempo que tinha livre era dedicado à oração. Numa carte que escreveu a um amigo dizia "passo muitas horas a ouvir confissões mas graças a Deus não estou só, Cristo está aqui comigo".




Mártir do Confessionário




Um dia uma mulher foi ter com ele para se confessar e enquanto estava no confessionário não sabia o que havia dizer ao Padre Pio, então este disse-lhe vai de volta para o lago e olha para a água e depois volta cá para te confessares. Acontece que a mulher à 19 anos atrás tinha atirado o filho (quando este era ainda bébé para dentro do lago). Nisto a mulher rebentou aos gritos e, num pranto incessante, confessou o seu grande pecado.



Numa outra ocasião um assassino foi ter com o Padre Pio para se confessar. Confessou todos os pecados menos aquele de ter assassinado um homem e ficou lá dentro parado sem saber o que dizer, nisto o Padre Pio abre o Confessionário e deu-lhe a mão e levou-o para junto de uns bancos onde estavam homens sentados. O homem ao aproximar-se deles deu um grito e caíu sem sentidos, (tinha visto o homem que tina assassinado ali sentado junto com os outros homens) quando finalmente acordou foi de volta para o confessionário confessar o grande pecado. Saíu de lá radiante pois os seus pecados tinham-lhe sido todos perdoados.
Certo dia uma garota que era cega pediu a alguém que a levasse ao confessionário para se confessar. Ao entrar no confessionário disse ao Padre Pio que era cega e que todas as suas irmãs também eram. Então o Padre Pio encostou as suas mãos ás dela e, de repente, ela começou a gritar, dizendo "Estou a ver, estou a ver" e saíu dali sem a ajuda de ninguem, tinha ficado completamente curada. As outras pessoas que esperavam a vez para se confessarem começaram todos a chorar e, mesmo antes de entrar no confessionário, já tinham sido convertidos naquele preciso momento.



Observação final


No dia 16 de Junho de 2002, entre uma multidão de mais de um milhão de pessoas, o Papa João Paulo II canonizou o Padre Pio de Pietrelcina, Itália. Hoje o Padre Pio é Santo Padre Pio.
Em verdade vos digo que as coisas extraordinárias que este homem fez ao longo da sua vida também tu as poderás fazer, basta saber que tudo neste mundo é possível até mesmo o impossível. É essencial possuir uma mente aberta, disposta a dar tudo o que tem caso seja necessário, que acredite profundamente, de alma e coração no poder redentor de um Cristo Crucificado, que acredite com todas as suas forças que tudo, mesmo tudo, é possível, até mesmo o impossível. E, com o coração aberto, olhando o infinito, saiba pedir aquilo que precisa pedir, apenas aquilo que precisa pedir. Peça-o com coragem, com determinação, acreditando que o que pede vai receber sem sombra de dúvida. E vai mesmo, não tenham dúvidas...
Ficaram muitas outras coisas por dizer acerca deste homem, tudo aquilo que aconteceu com este místico daria para escrever muitos, muitos livros.

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