quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como abrir uma garrafa de vinho sem saca-rolhas...esta é mesmo genial

Taylor Wilson tem 18 anos, é físico nuclear e acha que os jovens vão mudar o mundo


Criou um reactor de fusão nuclear na garagem, construiu um detector de radiação e já apresentou as suas ideias para Obama. Taylor é "brilhante", diz o seu mentor na Universidade do Nevada

“Segurar algo radioactivo é uma sensação indescritível, tal como quando estou com a minha namorada”, explicou Taylor Wilson, um físico nuclear com apenas 18 anos, numa entrevista à CBS News. Com estas palavras, o cientista norte-americano quase parece um adolescente comum. Deixou de o ser quando, há quatro anos, criou um reactor de fusão nuclear na garagem da sua casa, tornando-se na pessoa mais jovem do mundo a fazê-lo.

Na 2ª Feira das Ciências promovida pela Casa Branca, Taylor Wilson, que fez parte de um grupo de 100 jovens promissores, mostrou ao Presidente Barack Obama aquilo que considera ser uma solução para os problemas energéticos do planeta. Esta é, aliás, uma mensagem-chave que o cientista transmite na sua curta apresentação numa conferência TED: os jovens têm de ser levados a sério, eles de facto podem mudar o mundo.

Como é que a genialidade deste rapaz foi aproveitada? Taylor presta actualmente aconselhamento e coopera com o Departamento de Segurança Interna e com o Departamento da Energia dos EUA, em matérias que toquem a radioactividade. É finalista na Davidson Academy — uma escola para crianças sobredotadas —, e trabalha com a Universidade de Nevada, em Reno, para onde se mudou com a sua família para que ele e o irmão pudessem ter uma formação adequada à sua curiosidade. É nas instalações desta instituição que continua a trabalhar no seu detector de radioactividade.

Ron Phaneuf, professor de física desta universidade e um dos mentores de Taylor, falou sobre esta mente brilhante, num artigo que acompanha a entrada do jovem no World of Records: “Acho que o Departamento de Energia está um pouco preocupado com o facto do interesse dos jovens nesta área da ciência [energia nuclear] ter diminuído e acho que é uma das razões para as portas se terem aberto ao Taylor. Ele é um fenómeno, provavelmente a pessoa mais brilhante que conheci na minha vida. E já conheci laureados com o Prémio Nobel”.

Pai, quero um frasco de plutónio

Para Taylor, a melhor palavra para descrever a escola tradicional é “aborrecida”. Com matérias muito mais genéricas do que aquelas que lhe despertavam interesse, este miúdo adormecia nas aulas mas facilmente tirava 100% nos testes.

Aos 10 anos, memorizou, numa semana, todos os números atómicos, massas e pontos de fusão dos elementos da tabela periódica, mas eram as duas últimas filas de elementos que o fascinavam. Aos onze anos de idade, procurava urânio com o pai no deserto de Novo México e comprava frascos de plutónio pela Internet.

O reactor que começou a construir, com cerca de 13 anos, faz os átomos baterem uns contra os outros com tanta força que acabam por se fundirem. É, basicamente, o que acontece no interior do sol. Depois disto, Taylor iniciou um projecto para a Feira da Ciência da Intel: a construção de um detector de radiação Cherenkov, que lhe valeu o prémio ”Jovem Cientista Intel”.

Os serviços de segurança interna usam um modelo deste aparelho, que actualmente custa centenas de milhares de dólares, para detectar materiais radioactivos nos contentores que entram em território norte-americano. O protótipo que Taylor construiu é mais sensível e preciso. Além de ser mais amigo do ambiente, custa apenas algumas centenas de dólares.

O cientista nuclear de 18 anos pensa que “não há nada impossível” para si. Numa entrevista, disse ter centenas de outras ideias mas que uma vida inteira não chega para concretizá-las. Do terrorismo ao cancro, Taylor aventa soluções para muitos problemas do mundo. Pelo que fez e pensa ainda fazer, acredita que os jovens podem mesmo mudar o mundo.


Fonte: Publico

Consumo de vinho reduz risco de infecção de alimentos contaminados

O vinho constitui um factor de redução do risco associado às toxinfecções provocadas pela ingestão de alimentos contaminados.


Esta é a conclusão de uma investigação da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica do Porto, divulgada esta quarta-feira.

Os estudos realizados pela ESB comprovam que “a viabilidade dos organismos infecciosos é fortemente afectada quando estes são directamente expostos à acção do vinho, devido às propriedades antimicrobianas presentes”.

Os investigadores concluíram, por isso, que a ingestão moderada de vinho durante uma refeição “pode contribuir para a diminuição – a níveis abaixo da dose mínima de infecção – do número de bactérias patogénicas presentes em alimentos contaminados”, lê-se no comunicado enviado à comunicação social.

As experiências efectuadas in vitro com bactérias patogénicas como Listeria, Campylobacter jejuni e Bacillus cereus mostraram, segundo a mesma nota, que a presença de vinho, a par da acção do suco gástrico, exerce um efeito de “inactivação celular significativo” e contribui para “a diminuição” do número de células viáveis destas bactérias.

Os investigadores da ESB chamam a atenção, no entanto, para o facto de a taxa e a extensão da inactivação depender da matriz alimentar, devido ao conhecido papel de protecção microbiana conferido por certos componentes dos alimentos e de os mecanismos responsáveis pelo efeito antimicrobiano do vinho não estarem “completamente esclarecidos”.

Fonte: Publico

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A maior fotografia daTerra alguma vez tirada com recurso a apenas um disparo


A maior fotografia daTerra alguma vez tirada com recurso a apenas um disparo está disponível online, num site onde os visitantes podem explorar as e fazer zoom sobre os 121 megapixéis de resolução da imagem.

A captura levada a cabo pelo satélite meteorológico russo Elektro-L No.1 "destrona" imagens como a Blue Marble, da NASA, composta por várias imagens compiladas numa só, para oferecer uma perspetiva completa do Planeta.

Outra das diferenças da imagem colhida pelo satélite russo, em relação à fornecida pela agência espacial americana, são as cores. Segundo explica a imprensa internacional especializada, tal fica a dever-se ao tipo de tecnologia usada.

O Elektro-L combina diferentes comprimentos de luz, visíveis e infravermelhas, para captar a imagem. Os infravermelhos são usados para registar as plantas, o que explica que as zonas da imagem normalmente representadas a verde apareçam aqui em tons de castanho.



No site onde é divulgada a imagem, captada a cerca de 36 mil quilómetros da Terra, estão também disponíveis outras capturas de fotos e vídeos com a assinatura do projeto Elektro-L, como este, que oferece uma visão das transformações do planeta entre outubro de 2011 e março de 2012.



Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


Fonte: Tek SAPO

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Encontrado o calendário maia mais antigo na n.º 54 da povoação de Xultún

Arte dos Maias encontrada em Xultún, Guatemala
Xultún fica na Guatemala, na América Central. É um local arqueológico da antiga civilização maia, que foi descoberto em 1905, mas passados mais de cem anos continua muito pouco estudado, e por isso pronto a revelar surpresas. Desde 2010 que uma equipa da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, está a estudar uma das casas do complexo, e encontrou pinturas da época clássica dos maias e o calendário mais antigo desta civilização, escrito nas paredes interiores da casa. A descoberta é publicada hoje na revista Science.

A casa está no meio de floresta tropical, e a envolvente que fica a poucos quilómetros da pirâmide de Tikal, no Norte da Guatemala, parece-se mais com uma habitação dos pequenos hobbits. Está um metro abaixo da superfície e nada tem que ver com as imponentes estruturas arquitectónicas desta civilização, que não sobreviveu à chegada dos europeus em 1492. 

A povoação de Xultún estava habitada muito antes do derramamento de sangue que aconteceu com a vinda dos espanhóis. As pinturas desta casa, estudada por William Saturno e colegas, deverão ser do início do século IX d.C., mais precisamente do ano 813 ou 814, o que corresponde à época clássica dos maias, iniciada no ano 300 e que finda em 950. 

Nesta altura, a povoação deveria ter dezenas de milhares de pessoas. A casa é mais uma de um complexo habitacional extenso. Tem o número 54, dado pelos investigadores da Universidade de Harvard que, na década de 1970, cartografaram parte do local. Numeraram apenas até à casa 56, há mais alguns milhares que ainda não têm número.

Mas o n.º 54 revelou mais do que o esperado. A estrutura já tinha sido saqueada, muito provavelmente por ladrões de túmulos. Por isso, parte do seu interior estava à mercê dos elementos da natureza e dos mosquitos. “Quando a vimos, pensámos: ‘Vamos entrar e ver o que resta e, se não houver nada, ao menos ficamos a saber o tamanho da divisão’”, disse William Saturno, da Universidade de Boston, numa entrevista num podcast da Science. Em 2010 e 2011, a equipa esteve primeiro a desenterrar a casa e depois a estudar as pinturas surpreendentes que encontrou.

Três paredes recheadas

A divisão tem 1,95 por 1,8 metros, e uma altura de três metros. O tecto é encurvado e, ao longo da divisão, há um banco de pedra que serviria de assento. “Pensamos que esta casa foi utilizada para a escrita. Está ligada a um complexo utilizado por escribas maias”, explica William Saturno. 

A equipa chegou a estas conclusões depois de ver as pinturas. Quem entra na pequena casa encontra na parede à esquerda três figuras pretas sentadas, de tamanho natural, que olham para a parede mesmo à frente da porta de entrada. Nesta parede está um homem pintado de cor de laranja, com um estilete. Provavelmente, seria um escriba e tinha a mão esticada para outra figura mais imponente — devia ser o rei de Xultún —, o que mostra a relação entre quem vivia ali e a família real. As figura “estão envolvidas numa narrativa, em que o rei personifica uma divindade maia”, diz William Saturno.

Apesar de estes desenhos serem uma surpresa, não são uma novidade em relação ao que se conhece da época. O que é “fantástico”, nas palavras do arqueólogo, são os hieróglifos milimétricos escritos a preto e vermelho ao lado da pintura do rei e na parede à direita, que representam contagens de dias. Os famosos calendários maias já conhecidos, com os ciclos da Lua, de Marte e Vénus, como o códice de Dresden ¬— escrito em “papel” feito de casca de figueira —, são do período pós-clássico. O códice de Dresden é do século XI ou XII. Estas novas tabelas, do início do século IX, são assim mais antigas.

“Pela primeira vez, pudemos ver como eram os registos de um escriba”, disse Saturno. “Pareciam usar [as paredes] como um quadro de escola.” As tabelas, que não estão relacionadas com as pinturas, representam os calendários maias referentes aos ciclos de 260 dias das suas cerimónias, assim como os ciclos de 365 dias do Sol, 584 dias de Vénus e 780 dias de Marte destes astros no céu.


As tabelas têm colunas de números representados por pontos e travessões. O cientista refere que estes registos mais antigos não são tão correctos como os do códice de Dresden, que revela uma contagem aperfeiçoada dos dias até aos próximos eclipses lunares. Mas reflectem uma forma de olhar o mundo. “Os antigos maias previam que o mundo ia continuar e que daqui a 7000 anos as coisas iriam ser exactamente como agora”, diz William Saturno. “Continuamos sempre à procura de fins para as coisas. Mas os maias procuravam uma garantia de que nada iria mudar. Tinham uma forma de pensar completamente diferente.”




Fonte: PUBLICO

sábado, 5 de maio de 2012

Belas Artes: O quadro "O Grito" vale uma fortuna

Posters, t-shirts, referências em filmes e séries de animação. A imagem de O Grito, de Edvard Munch, está em todo o lado.


Todos a conhecemos, num fenómeno global apenas comparável ao da Gioconda, de Leonardo da Vinci. E agora há os 119,9 milhões de dólares (91 milhões de euros) pagos na quarta-feira no leilão da Sotheby"s, em Nova Iorque, que estabeleceram um recorde absoluto de venda de uma obra de arte em leilão.

O que é que O Grito tem? "Fala por toda a gente, já todos nos sentimos sozinhos e desesperados em algum momento da nossa vida", disse à BBC David Jackson. Segundo este professor de História da Arte Escandinava da Universidade de Leeds, "o impulso de olhar para as coisas que nos incomodam é parte fundamental da condição humana".

Com um ar desesperado, de boca aberta em esgar e as mãos na cabeça, numa ponte com duas pessoas ao fundo, e um horizonte com cores garridas, a figura central do quadro transmite uma angústia que tem atravessado décadas, mantendo-se sempre actual. À época da realização da obra, Munch estaria a retratar o seu próprio estado de espírito, que, como escreveu Jonathan Jones, crítico de arte do britânico The Guardian, vivia infeliz e alienado do mundo por não estar a ser reconhecido pelo seu trabalho. Hoje, facilmente qualquer pessoa se pode identificar com esse estado e, por sua vez, com o quadro.

O psicólogo da Universidade de Reading Eugene McSorley compara o efeito com o suscitado por registos de pessoas em sofrimento. "É muito difícil para as pessoas ignorar estas imagens. Não conseguem desviar o olhar", disse à BBC sobre o quadro que deixou de ser apenas o grito de desespero de Munch para se tornar no grito da modernidade.

Petter Olsen, o norueguês que levou o quadro à praça, vai mais longe na definição da obra e fala do "momento terrível em que o homem percebe o seu impacto na natureza e as mudanças irreversíveis que iniciou". Daí a decisão de o vender ao fim de tantos anos. "Sinto que é o momento para oferecer ao resto do mundo uma hipótese de ter e apreciar este incrível trabalho, que é a única versão de O Grito [das quatro existentes] que não está num museu da Noruega", disse o empresário, cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido vários quadros ao artista. 

"É preciso saber quando é que temos de largar as coisas", disse à televisão norueguesa NPK o empresário, que, com o dinheiro da venda, vai financiar um novo museu, um hotel e um centro de arte na Noruega. 

Sobre o actual comprador nada de sabe, existindo rumores de que poderá ter sido adquirido pela família real do Qatar, que no final do ano passado comprou Os jogadores de cartas de Paul Cézanne por 190 milhões de euros.




Fonte: Publico

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lua cheia de sábado vai ser a maior de 2012



A Lua de sábado à noite estará especialmente perto da Terra e vai estar cheia. Por isso, durante o seu nascimento, o astro vai estar maior e mais brilhante. 

“Às 5h da madrugada de domingo a Lua vai estar no seu perigeu, no ponto da órbita mais próximo da Terra”, diz ao PÚBLICO Susana Ferreira, astrónoma do Observatório Astronómico de Lisboa. O facto de a aproximação coincidir com uma Lua cheia, torna o fenómeno mais espectacular.

No perigeu, a Lua fica a 363 mil quilómetros de distância, em média, da Terra. No apogeu, quando o astro está mais longe, fica a 405 mil quilómetros. Esta diferença faz com que amanhã a Lua esteja 14% maior e 30% mais brilhante.

Mas a altura melhor para observar esta diferença será umas horas antes, ainda no sábado, durante o nascer da Lua, às 20h09, quando esta parece sempre maior.

O Observatório Astronómico de Lisboa não vai fazer nenhuma actividade de observação devido à nebulosidade anunciada para sábado.

Mas haverá mais oportunidades. Segundo Susana Ferreira, o fenómeno é cíclico. A última vez que aconteceu foi a 19 de Março de 2011 e as próximas oportunidades para se observar uma Lua tão grande serão a 19 de Março de 2013 e a 10 de Agosto de 2014.




Fonte: Publico