quarta-feira, 27 de junho de 2012

Há muitas pessoas a serem levadas por extraterrestres


A Associação de Pesquisa Ovni (APO) calcula que cerca de 105 milhões de pessoas tenham sido levadas da Terra por extraterrestres. «Há cada vez mais abduções», explicou o presidente, Luís Aparício.

Segundo o especialista em ovnis, os bebés são levados em «naves espaciais» e «são reproduzidos aos milhões», numa mistura entre ser humano e extraterrestre, um «híbrido» com «poderes mágicos». «Existem milhões de grávidas na Terra sem explicação», apontou.

O presidente da associação garante que «o maior indiciador» das abduções em Portugal é o «tráfego intensíssimo de ovnis» que se verifica atualmente. «Temos encontrado cada vez mais indícios em frente à Fonte da Telha, onde há um fenómeno ovni intenso há muitos anos», disse.

Quando as pessoas abduzidas regressam, «dizem que vêm à Terra com uma missão» e até «Jesus Cristo e outros pregadores» podem ter sido «extraterrestres que vieram anunciar» algo de sobrenatural. Para o milagre de Fátima, em 1917, há uma explicação da APO. Chamam-lhe uma «aparição mariana», uma visão de Maria. «O que aconteceu em Fátima foi a utilização de meios ovniológicos para acompanhar algo de mais divino na Terra. E a Igreja apropriou-se disso», lamentou Luís Aparício.

A aparição que mais destaca, no entanto, ocorreu a 16 de maio de 1954. «Formaram-se nuvens no céu, o sol transfigurou-se e começou a ficar dourado. Um homem saiu da Asseiceira (Rio Maior) e viu que o sol estava normal noutro local. É a maior prova mundial que eu conheço», frisou.

Todas as semanas, a APO recebe «dois ou três» relatos de avistamentos de ovnis em Portugal, embora «por vezes não passem de pássaros». Para o presidente, os mais credíveis traduzem-se em «marcas deixadas no terreno», como em Alfena, em 1981: «Os extraterrestres vieram roubar-nos eletricidade através de cabos que atiraram das naves». Outra das «provas» que apresenta é a «mutilação de gado». «Eles andam a roubar vacas, tiram-lhes os órgãos e atiram-nas de novo cá para baixo. Pelo menos vinham cá metê-las no sítio», brincou. A associação tem um panfleto sobre como agir nestes casos:


As teorias da conspiração não faltam. Roswell é o caso mais famoso, mas também pode ter acontecido algo semelhante em Portugal. «Em 1952, caiu um ovni na Serra da Gardunha. A PIDE esteve lá e afastou as pessoas para não verem», disse Luís Aparício. «Talvez os governos tenham razão em não divulgar. Veja o que aconteceu com a Guerra dos Mundos [invasão de aliens anunciada na rádio], com as pessoas tão alarmadas...»

O presidente da APO lamenta não ter apoios para verificar os avistamentos, mas garante que o «auxílio» que presta às pessoas abduzidas é suficiente. «Andam em psiquiatras e tomam drogas até que lhes explicamos o que lhes aconteceu e ficam muito agradecidas». Para os que não acreditam em nada disto, Luís Aparício aconselha: «Visitem o YouTube. Há coisas que não conseguimos ver, mas as máquinas veem tudo».

O Dia Mundial do Ovni comemora-se este domingo em Portugal, apesar de em alguns países a data ser celebrada a 2 de julho. Foi a 24 de junho de 1947 que o piloto Kenneth Arnold viu vários discos voares em Washington, naquele se considera o primeiro avistamento da ovniologia moderna.


Fonte: TVI24.iol.pt

Marte está cheio de água!


Existem enormes reservas subterrâneas de água em Marte, sugere um artigo recentemente publicado na revista Geology de acordo com o jornal espanhol ABC. A descoberta reforça a ideia de que o planeta vermelho pode ou poderia, eventualmente, hospedar vida. E aumenta as hipóteses de estabelecer colónias humanas no futuro próximo.

Esta é a primeira vez que um grupo de investigadores, liderado por Francis McCubbin, da Universidade do Novo México,EUA, consegue fornecer fortes evidências de que há água no interior de Marte. E, por sinal, muita. Pelo menos a mesma que existe na Terra.
Ao analisar a composição de dois meteoritos marcianos (Shergotty, que caiu na Índia em 1865 e Queen Alexandria, encontrado em 1994 na Antártida), os investigadores chegaram à conclusão de que o manto de Marte (a camada de rocha entre a crosta e o núcleo) contém entre 70 e 300 partes por milhão de água, uma percentagem que é surpreendentemente semelhante ao manto da Terra.

Ambos meteoritos são de origem vulcânica e vêm do interior do planeta vermelho. Chegaram à Terra em momentos diferentes, mas saíram de Marte no mesmo período, 2,50 milhões de anos, em resultado do impacto de um meteorito que lançou um grande número de rochas marcianas.

“Analisámos dois meteoritos que têm histórias muito diferentes. Um foi misturado com uma quantidade considerável de elementos durante a sua formação, enquanto o outro não”, explica Erik Hauri, um dos autores do estudo. Em ambos os casos, os cientistas procuraram as moléculas de água presentes no interior de cristais de apatita e usaram estas moléculas para determinar a quantidade de água que continha a rocha marciana original que produziu meteoritos.

Os resultados demonstraram que ambas as rochas, de facto, sugerem que o manto de Marte contém entre 70 e 300 partes por milhão de água, uma quantia que é extraordinariamente semelhante do manto terrestre. E como os meteoritos contêm a mesma percentagem de água, apesar de suas histórias geológicas diferentes, os investigadores acreditam que a água se incorporou no manto há milhões de anos, durante a própria formação do planeta.

O estudo também sugere que a forma como o elemento líquido conseguiu atingir a superfície do planeta a partir do interior foi devida à actividade vulcânica.


Fonte: cienciahoje.pt

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Governo do Uruguai vai legalizar o Canábis (Marijuana)

A plantação legal de marijuana no Uruguai deverá começar em Setembro, depois de o Governo ter proposto uma nova legislação para legalizar a comercialização de canábis. A venda a estrangeiros será proibida para evitar o turismo associado ao consumo de droga e a iniciativa está a causar uma acesa polémica.


O Governo de José Mujica, antigo guerrilheiro tupamaro que foi eleito Presidente em 2010 e lidera o Executivo da coligação de esquerda Frente Ampla, pretende legalizar o comércio de marijuana e defende que a medida permitirá travar o aumento da criminalidade e o mercado negro. A proposta de lei, apresentada na passada quarta-feira, regula a produção e a venda e deverá ser aprovada em breve pelo Congresso, onde a Frente Ampla é maioritária.

Após a aprovação da lei, o Governo pretende começar a plantar marijuana em Setembro, a colheita deverá ocorrer seis meses depois e a comercialização poderá ser feita já no próximo ano. A proposta de legalização foi incluída num plano de 15 medidas apresentadas pelo Governo para combater o aumento da criminalidade registada nos últimos meses, ainda que o Uruguai seja um dos países mais seguros da América Latina.

A proposta está a causar polémica e o Governo já respondeu a algumas das críticas ao garantir que serão impostas restrições, entre as quais a proibição da venda a estrangeiros para evitar o turismo associado ao consumo de marijuana. Também se prevê que a venda seja limitada a 30 gramas mensais por pessoa, através de um registo feito pelo Governo.

“A ideia é vender apenas a cidadãos nacionais”, adiantou o secretário-geral da Junta nacional das Drogas do Uruguai, Júlio Calzada, que lembrou o caso da Holanda, onde a venda a turistas foi restringida “após vários anos de dificuldades com países da região”.

Produção anual chegará às 27 toneladas

Cerca de 75 mil pessoas, entre 3,3 milhões de uruguaios, consomem marijuana pelo menos uma vez por mês, segundo as estimativas oficiais, o que faz com que seja necessária uma produção anual de 27 toneladas, a partir de uma plantação que ocupará cerca de 100 hectares. Calzada sublinhou ainda que, para além do consumo para fins recreativos, parte da produção será usada em medicamentos para doenças oncológicas, e que o dinheiro dos impostos cobrados pelas vendas deverá ser usado no financiamento de programas de reabilitação.

A proposta foi bem recebida pelos activistas que defendem a legalização da marijuana, ainda que tenha sido criticado o facto de ter sido incluída num vasto pacote legislativo. “Parece-nos criticável que esta medida tenha sido apresentada no âmbito de um pacote legislativo geral sobre segurança”, considerou Martín Collazo, membro da organização Prolegal. “Para nós, a legalização da marijuana é um ataque directo ao narcotráfico, que se sustenta na política proibicionista que até os Estados Unidos reconhecem que fracassou”.

A deputada Ana Lia Piñeyrúa, do Partido Nacional (direita), opôs-se à proposta do Governo. “Só a ideia causa-nos, e causa-me a mim em particular, uma forte rejeição. Não sou partidária de liberalizar a comercialização porque se não conseguimos controlar outras coisas, muito menos vamos poder controlar isto”, disse à Reuters. Para além disso, salientou, “há enormes dúvidas sobre a forma como vai funcionar a legalização”.

Esta questão deverá marcar o debate político no Uruguai ao longo das próximas semanas. Ana Lia Piñeyrúa lembrou que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o ministro do Interior da Venezuela, Tareck Aissami, já pediram ao Uruguai que não aplique medidas unilaterais para que o combate ao narcotráfico seja feito a nível regional, e sublinhou que, na Cimeira das Américas realizada em Abril, o Presidente norte-americano Barack Obama opôs-se à legalização da marijuana.


Fonte: Publico

Há um segundo genoma humano e é o dos micróbios que nos habitam

Se pensa que é dono do seu corpo, desengane-se. O corpo humano é feito de milhões de milhões de células, mas o número de microrganismos a viver nele, principalmente bactérias - o "microbiota" humano, a "flora", por oposição à "fauna" das nossas próprias células - é dez vezes maior e estima-se que contenha milhares de espécies diferentes.


A importância deste "jardim botânico" interno, deste "órgão" invisível que pesa cerca de dois quilos (mais do que o nosso cérebro!) e que vive sobretudo nos intestinos, começa apenas a emergir. Sabe-se que as bactérias intestinais participam na digestão e até produzem vitaminas, mas a ideia de que o seu papel extravasa ainda mais o foro digestivo é recente.

Graças aos espectaculares avanços das técnicas de sequenciação genética, que há 12 anos permitiram ler o genoma humano, os cientistas estão agora a estudar o que alguns já chamam o "segundo genoma humano" - o genoma colectivo dos micróbios com os quais convivemos - e a tentar perceber o seu impacto na saúde.

Existem dois grandes projectos de sequenciação do "microbioma" (abreviação de genoma do microbiota) humano: o Projecto Microbioma Humano (HMP), lançado em 2007 pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA; e o projecto Metagenómica do Tracto Intestinal Humano (MetaHIT), lançado em 2008 pela Comissão Europeia e a China.

Há pouco mais de uma semana, o HMP publicou 17 artigos (dois na revista Nature e 15 na PLoS Biology) apresentando o primeiro "rascunho" genético desse ecossistema - incluindo um catálogo de cinco milhões de genes de bactérias, vírus, fungos e outros bichinhos -, bem como os primeiros estudos das suas características e das suas relações com doenças humanas. As sequências genéticas foram obtidas a partir de amostras colhidas em vários locais anatómicos - como intestino, pele, nariz, boca, garganta, vagina, fezes - de 242 pessoas saudáveis. Os cientistas afirmam ter assim identificado a maior parte das espécies microbianas comuns que habitam o corpo humano.

Num comentário na Nature a acompanhar as publicações, David Relman, da Universidade de Stanford, EUA, fazia, no entanto, notar que o estudo do microbioma humano tem sido "uma lição de humildade" e que "as funções de todas estas comunidades microbianas permanecem em grande parte desconhecidas". E salientava que a diversidade individual e geográfica do microbioma humano ainda não pode ser avaliada, dado o reduzido número de pessoas estudadas e o facto de elas residirem todas em países desenvolvidos, com estilos de vida semelhantes.

O que se tem tornado cada vez mais claro é que o saudável desenvolvimento do nosso sistema imunitário depende intimamente do microbiota intestinal, sobretudo bacteriano. Só que, até aqui, pensava-se que essas bactérias benéficas eram as mesmas para todos os mamíferos. Mas agora, na última edição da revista Cell, Dennis Kasper e colegas da Universidade de Harvard, EUA, mostram, pela primeira vez, que as bactérias do intestino humano são específicas da nossa espécie e... não funcionam no ratinho.

Os cientistas criaram animais sem flora microbiana própria. A seguir introduziram, num grupo destes roedores, micróbios intestinais habituais dos ratinhos, enquanto noutro grupo colocaram micróbios do intestino humano. Nos dois grupos, as floras intestinais desenvolveram-se de forma aparentemente normal. Porém, essa proliferação não teve efeitos equivalentes: os ratinhos que tinham o intestino colonizado por bactérias humanas apresentavam níveis muito reduzidos de células imunitárias. "Apesar da abundância e da complexidade da comunidade bacteriana", explica Hachung Chung, uma das co-autoras, "era como se os ratinhos não reconhecessem as bactérias humanas - como se, de facto, não tivessem bactérias nenhumas."

Quando repetiram a experiência introduzindo nos ratinhos a flora intestinal habitual dos ratos, o mesmo ocorreu - o que é ainda mais surpreendente porque são duas espécies próximas. E quando infectaram os animais com salmonelas, os ratinhos com flora intestinal humana foram incapazes de lidar com o agressor.


Para os cientistas, os resultados mostram que a as nossas bactérias intestinais evoluíram juntamente connosco e confirmam os potenciais perigos que a sua perda poderia acarretar, dada a nossa utilização intensiva de antibióticos e os nossos ambientes de vida ultra-higiénicos. Para Kasper, "a prevalência actual de doenças auto-imunes - tais como a asma, a esclerose múltipla e as doenças inflamatórias do intestino - poderão ser, pelo menos em parte, a consequência da crescente vulnerabilidade da relação entre humanos e micróbios, fruto da evolução".O terceiro genoma?

As surpresas não acabam aqui. Num artigo ontem publicado online na revista Genome Research, Rotem Sorek e colegas, do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, apresentam uma análise daquilo a que se poderia talvez chamar o "terceiro genoma humano": a população de vírus que está constantemente a atacar a nossa comunidade de bactérias benéficas.

Os cientistas utilizaram o facto de as bactérias, para se protegerem desses predadores (um tipo de vírus chamados fagos), serem capazes de lhes "roubar" bocadinhos de ADN e de os integrar em locais específicos do seu próprio genoma.

"No nosso estudo, procurámos esses bocados de ADN de fagos roubados no material genético das bactérias que vivem no intestino humano", diz Sorek. "A seguir, utilizámos essas peças para identificar os fagos que coexistem com as bactérias no intestino humano."

Os resultados mostram que centenas de tipos de vírus infectam repetidamente o nosso microbiota intestinal. "Estes vírus podem matar algumas das nossas bactérias intestinais e é portanto provável que tenham impacto na saúde humana", diz Sorek. Torna-se assim essencial perceber as pressões que os fagos exercem sobre essas bactérias.


Fonte: PUBLICO

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Portugueses vão participar no telescópio espacial Euclides

O financiamento para o telescópio espacial Euclides foi aprovado, esta terça-feira, pela Agência Espacial Europeia (ESA). Várias instituições portuguesas também participam no telescópio, que vai ser lançado em 2020, para procurar nas profundezas do Universo sinais da matéria negra e da energia negra.


No total, a construção, o lançamento e operação do Euclides custará mais de 600 milhões de euros, 125 milhões dos quais provêem dos Estados-membros da ESA. A agência espacial norte-americana NASA também participa no telescópio, com a construção de uma câmara de infravermelhos, o que representa 5% do investimento no projecto.

“Este projecto é uma aposta excelente para cooperação científica e um óptimo negócio para Portugal. Põe-nos dentro de um dos projectos de investigação mais importantes dos próximos anos e a custo zero”, diz ao PÚBLICO António da Silva, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e um dos coordenadores portugueses do telescópio espacial.

Além do CAUP, a coordenação portuguesa cabe ainda ao Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), mas, ao todo, estão envolvidas seis entidades portuguesas, entre as quais o Instituto Superior Técnico, em Lisboa, que irá desenvolver um software para análise de dados. “Neste momento, Portugal irá participar somente com recursos humanos qualificados, devido à crise financeira do país”, explicou António da Silva, acrescentando que os únicos custos serão os dos investigadores, mas nenhum a nível de produção tecnológica.

Aguarda-se a aprovação das verbas para colaboração portuguesa por parte da Fundação para Ciência e Tecnologia, a principal entidade financiadora do sistema científico português. No futuro, caso sejam necessários mais investigadores, “essas vagas irão a concurso público para investigação, como todos os projectos de investigação nacionais”, especificou ainda António da Silva.

Os investigadores portugueses estão entre os mil cientistas, de 100 institutos, que vão participar na construção do telescópio espacial, para tentar responder uma das questões mais importantes da cosmologia moderna: por que é que o Universo está a expandir-se a um ritmo acelerado, em vez de abrandar devido à atracção gravitacional de toda a matéria que contém? Uma energia misteriosa, designada por energia escura, está a provocar a sua expansão cada vez mais rápida. “O tamanho da equipa mostra o grande interesse na ciência do Euclides”, sublinha, por sua vez, Ismael Terreno, do CAAUL, citado num comunicado.

O Euclides terá um diâmetro de 1,2 metros e, além da cãmara de infravermelhos, terá outra para observar comprimentos de onda na luz visível. Em conjunto, estes instrumentos farão o mapeamento tridimensional da distribuição das galáxias. Os grandes espaços vazios que existem entre astros ou galáxias podem ser usados como referência para medir a expansão do Universo ao longo do tempo.

O telescópio irá fazer um levantamento de 40% do céu com um pormenor sem precedentes, o que permitirá aos astrofísicos detectar cerca de 2000 milhões de galáxias. Estas observações servirão para ver o que aconteceu nos últimos 10.000 milhões de anos no Universo, que tem 13.700 milhões de anos: irá estudar-se não só a evolução da energia escura, mas também a distribuição da não menos enigmática matéria escura, matéria que ninguém conhece a sua natureza, mas se sabe existir pelos efeitos gravitacionais que provoca nos objectos à sua volta e nas galáxias.


Fonte: PUBLICO

terça-feira, 19 de junho de 2012

De outro mundo: conheça a beleza do meteorito Fukang


Pedra foi descoberta em 2000, na China, e desde então foi divida em fatias. Um grama do produto pode custar até R$ 100 / 38.00€ .

Quando ela se chocou contra o solo terrestre havia poucos sinais de beleza. Entretanto, depois de ser estudado e dissecado, o meteorito Fukang se revelou uma pedra de rara beleza. Descoberto no Deserto de Góbi, na província chinesa de Xinjiang, o artefato achado em 2000 virou objeto de estudo e foi dividido em diversos pedaços.

Um colecionador anônimo, que detém a maior porção dele (um pedaço que pesa 420 quilos), adquiriu a pedra em 2008, em um leilão em Nova York, por US$ 2 milhões de dólares (o equivalente a R$ 4 milhões) e, atualmente, esse pedaço permanece guardado.

Outras partes da Fukang podem ser vendidas por até R$ 100 por grama. Os pesquisadores acreditam que esses meteoritos se originam dentro de meteoros intactos criados durante a formação do Sistema Solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Eles são ainda mais raros porque poucos deles sobreviveram à descida na atmosfera terrestre.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Autoridades de muitos países pedem constantemente ao GOOGLE dados de milhares de utilizadores em situações de investigação criminal

PRIVACIDADE, QUAL PRIVACIDADE, QUAL CARAPUÇA...

Ao longo do ano passado, as autoridades portuguesas pediram ao Google, no âmbito de investigações criminais, informação de 519 contas de utilizadores dos vários serviços da empresa.


De acordo com os novos dados do Relatório de Transparência, que a empresa publica semestralmente, as autoridades portuguesas fizeram 161 pedidos só no primeiro semestre de 2011, respeitantes a 323 contas de utilizador – o Google acedeu, pelo menos em parte, a metade. Já no segundo semestre, foram feitos 147 pedidos, que abrangiam no total de 196 contas de utilizador – desta feita, a empresa aceitou apenas 29%.

Os números permitem ainda recuar até ao segundo semestre de 2009. Porém, para os anos anteriores a 2011, são apenas listados os pedidos feitos e não o número de contas afectadas (um pedido pode conter solicitações para mais do que uma conta). As autoridades portuguesas fizeram 45 pedidos nos últimos seis meses de 2009, 73 entre Janeiro e Junho de 2010 e ainda 92 entre Julho e Dezembro desse ano.

O PÚBLICO contactou a empresa, que disse não fornecer mais dados para além dos que divulga no relatório.

Em 2011, os EUA (o segundo país do mundo com mais cibernautas, a seguir à China) foram, de longe, o país que mais pediu dados de utilizador: 23.300 contas foram alvo do interesse das autoridades (e 93% dos pedidos foram aceites). Seguiram-se a Índia (5866 contas de utilizador) e a Alemanha (3786). Portugal surge em 12º lugar dos 28 países listados, entre Taiwan (570 contas) e a Argentina (389).

Remoção de conteúdos


O Relatório de Transparência dá ainda conta dos pedidos de remoção de conteúdos. Desde 2009, há registos de pedidos portugueses em três semestres: no 1.º semestre de 2010 e nos dois semestres de 2011. Os números não são detalhados (a empresa só revela pormenores para os casos mais graves), mas, em cada semestre, registaram-se sempre menos de dez casos.

As solicitações foram feitas tanto por tribunais portugueses (nestes casos, o Google acatou todos os pedidos) como por outras entidades (como o Governo ou a polícia, o relatório não especifica) – destes pedidos não judiciais, que foram todos feitos na primeira metade do ano passado, o Google só deu seguimento a metade.

Já em 2008, ainda antes de o Google compilar esta informação, a empresa tinha acatado uma ordem judicial portuguesa para remover um blogue alojado no serviço Blogger. Aquele que ficou conhecido como o caso do blogger da Póvoa foi o primeiro episódio do género em Portugal: um tribunal ordenou então a suspensão de um blogue anónimo, que publicava textos e fotomontagens sobre o presidente e o vice-presidente da câmara da Póvoa de Varzim.


Fonte: PUBLICO