Os neutrinos são partículas sub-atómicas de muito difícil deteção porque sua interação com a matéria é muito fraca e a sua massa é muito pequena. Os neutrinos formam-se em processos de desintegração da matéria, como quando o hidrogénio é convertido em hélio no interior do Sol.
Segundo a notícia publicada pelo site da BBC, os cientistas esperam publicar em breve um relatório completo das suas observações para que possa ser discutido pela comunidade científica. Entretanto, os autores da descoberta mostram-se muito cautelosos: "Tentámos encontrar todas as possíveis explicações para isto", disse à BBC Antonio Ereditato, um dos autores da descoberta. "Queríamos encontrar um erro - erros triviais, erros mais complicados ou efeitos esquisitos -, mas não conseguimos".
Segundo Albert Einstein e a sua teoria da relatividade, nada no universo pode ultrapassar a velocidade da luz, pelo que a descoberta agora anunciada põe em causa as mais importantes bases da Física moderna. Até este momento, nunca foi observada qualquer partícula que conseguisse exceder a velocidade da luz.
A BCC diz que a experiência de Antonio Ereditato e dos seus colegas dura há mais de três anos e que foram feitas mais de 15 mil medições da velocidade dos neutrinos disparados no acelerador de partículas do CERN. Foi durante estas experiências que, de uma forma estatisticamente significativa, os neurtrinos pareciam aparecer uma fracção de segundo antes do que seria esperados.
"O meu sonho é que haja outra experiência independente que descubra a mesma coisa - então ficaria aliviado", disse Ereditato à BBC. "Para já não estamos a afirmar nada, apenas queremos ser ajudados pela comunidade para percebermos estes resultados loucos - porque são loucos."
Fonte: RTP
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