sábado, 10 de agosto de 2013

Chuva de estrelas cadentes visível a olho nu neste fim-de-semana

A passagem da Terra pela órbita do cometa "Swift-Tuttle" origina a chuva de estrelas cadentes "Perseidas", que pode ser visível a olho nu neste fim-de-semana e na segunda-feira, dia de maior actividade.

O fenómeno repete-se anualmente, por esta altura, e pode ser observado à vista desarmada, durante a noite, com céu limpo e muito escuro, fora das cidades, num local exterior amplo como o campo.

Segundo o director do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), Rui Agostinho, as previsões meteorológicas apontam para que haja "condições óptimas" de visibilidade da "Perseidas", uma das chuvas de estrelas cadentes mais importantes.

A "Perseidas" tem o seu pico de actividade na segunda-feira, ao emitir uma média de 110 meteoros por hora. Contudo, de acordo com Rui Agostinho, pode ser vista a olho nu também hoje e no domingo, com uma média de 80 a 90 meteoros por hora. No céu, a chuva de estrelas cadentes ou meteoros surge como uma série de rasgos luminosos.

De acordo com o OAL, a "Perseidas" é popularmente conhecida como "Lágrimas de São Lourenço", em homenagem ao santo festejado a 10 de Agosto. O seu nome científico deve-se ao ponto do céu de onde parece vir - o radiante -, localizado na constelação de Perseus.

A chuva de estrelas cadentes, cientificamente designada como chuva de meteoros, acontece quando a Terra cruza um enxame de meteoroides, neste caso na órbita do cometa "Swift-Tuttle".

Os meteoros, segundo o portal do OAL, são fenómenos luminosos resultantes da entrada na atmosfera da Terra de um corpo sólido proveniente do Espaço. O corpo aquece, ioniza a atmosfera e deixa um rasto de luz.

Os meteoróides são "objectos sólidos que se deslocam no Espaço interplanetário", com "dimensões consideravelmente mais pequenas do que as de um asteróide e bastante maiores do que as de um átomo ou molécula".

O Observatório Astronómico de Lisboa refere que há registo de "Perseidas" desde os séculos VIII, IX e X. Porém, só em 1835 o astrónomo belga Adolphe Quételet (1796-1874) mostrou que era uma chuva regular.

Na lista de chuvas de estrelas cadentes mais importantes figuram, além da "Perseidas", a "Quadrântidas", a "Leónidas" e a "Gemínidas", com picos de actividade a 04 de Janeiro, 18 de Novembro e 14 de Dezembro, respectivamente.

A "Gemínidas" não está associada a um cometa, mas ao asteróide (corpo rochoso e metálico) "Faetonte".



Fonte: http://sol.sapo.pt

Sem comentários: