Segundo o estudo, realizado a propósito dos cinco anos do referendo da despenalização do aborto, que se assinala no sábado, a reincidência "tem vindo a aumentar consideravelmente".
Só em 2010 houve 4.651 repetições de aborto, das quais 978 representaram duas ou mais repetições, revela o estudo, que usa dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Estatística (INE), até 2010.
No ano em que o aborto foi despenalizado, 1.270 mulheres reincidiram, 306 das quais duas ou mais vezes. O número de mulheres que fizeram mais do que um aborto passou para 3.549 em 2008 e para 4.004 em 2009.
Além disso, desde o primeiro ano da lei, houve um aumento de 30% no número de abortos anuais: 15 mil no primeiro ano e 19 mil nos seguintes (de 15 mil em 2008 para 34 mil em 2009 e 54 mil em 2010).
Os dados oficiais apontam para 62.478 abortos "por opção da mulher" no final de 2010, sendo que os 80 mil até final de 2011 são "estimativas".
O estudo da FPV indica ainda que "as complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010 (facto que não acontecia desde 1987)".
Ao nível das complicações graves (infecção e perfuração dos órgãos), registaram-se nove casos em 2008, 22 em 2009 e 37 em 2010, embora os dados relativos a este ano sejam ainda provisórios.
No que respeita ao total de complicações (que inclui "outras complicações", além das mais graves), houve 1.083 em 2010 (5,6% em relação ao total de abortos), quase o dobro das complicações registadas em 2008: 550 (3% em relação ao total desse ano).
No entanto, as complicações associadas a abortos clandestinos baixaram consideravelmente desde 2008.
O estudo revela ainda que a intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos.
"Os dados do aborto fornecidos pela Direcção-Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007", denuncia a FPV.
Esta associação cita ainda conclusões do relatório de actividades de 2010 da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), relativo a estabelecimentos públicos, que dão conta da falta de equipas multidisciplinares em alguns casos, de incumprimento de procedimentos legalmente instituídos e das "não raras vezes" em que é necessário recorrer ao aborto cirúrgico por insucesso dos medicamentos.
Os mesmos relatórios apontam também para a realização de abortos cirúrgicos por aspiração "com sondas metálicas e não descartáveis", sem aspiradores específicos para o fim e para a existência de "falhas no que respeita aos equipamentos que devem existir".
No que respeita às clínicas privadas, as queixas são praticamente as mesmas, acrescidas de registos [clínicos] inexistentes, em branco ou incompletos.
Fonte: CM
1 comentário:
Existem os chamados "Métodos Contraceptivos" Os Métodos contraceptivos são processos que permitem reduzir as hipóteses de ocorrer uma gravidez não desejada e prevenir a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis. Qualquer pessoa que tenha iniciado a sua vida sexual e que não deseje engravidar deve utilizar métodos contraceptivos.
Existe uma grande diversidade de métodos contraceptivos que têm vindo a melhorar em termos de eficácia e comodidade ao longo do tempo e a escolha de qual utilizar deve ser feita com o auxilio de um médico.
Nenhum metodo contraceptivo é o mais adequado para todas as mulheres ou homens, de todas as idades e em todas as situações. O seu médico pode pode ajudá-lo a decidir o método mais apropriado de acordo com a idade, frequência de actividade sexual, da nossa saúde, necessidades morais e reprodutivas.
É importante participar em consultas de planeamento familiar para determinar juntamente com o seu medico o método mais adequado às suas necessidades, à sua idade e ao seu estado de saúde, nas diferentes fases da sua vida fértil.
É necessário ter em atenção que, qualquer que seja o método escolhido, só resultará se for utilizado correctamente.
Os métodos contraceptivos existentes podem ser classificados em reversíveis e irreversíveis. Os métodos contraceptivos reversiveis podem ser naturais ou não naturais e dentro dos não naturais existem os métodos mecânicos e químicos.
Os metodos contraceptivos ainda podem ser classificados como reversiveis e irreversiveis.
Os métodos contraceptivos reversivos são métodos que ao deixarem de ser utilizados permitem uma gravidez.
Os métodos contraceptivos irreversíveis destinam-se a casais que não desejam ter filhos uma vez que são praticamente irreversíveis. A sua eficácia é quase total e exigem uma intervenção cirúrgica.
E portanto não há desculpas possíveis para existir o aborto, este é como já referi fruto da irresponsabilidade das pessoas.
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