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Uma pesquisa datada de 1961, o Projecto Mohole, cujo objectivo era estudar o centro da Terra, ajudou ao desenvolvimento da actividade petrolífera. Agora, o avanço da mesma indústria, que perfura profundidades cada vez maiores, é a base para retomar a perfuração rumo ao núcleo terrestre.
Para um grupo de geólogos que apresenta na revista ‘Nature’ um ambicioso plano para perfurar o fundo do oceano, as tecnologias existentes já são suficientes para atravessar a crosta terrestre até à camada inferior, o manto – que representa 68% da massa da Terra, está em constante movimento e tem temperaturas que variam de 1000 a 3500 graus, dependendo da profundidade. Esta viagem representa o desafio mais complexo da história das Ciências da Terra. Uma aspiração que, calculam os geólogos, se tornará realidade em uma década e cujo objectivo é entender melhor a estrutura da Terra, a ocorrência de terramotos e aperfeiçoar a exploração mineral.
O manto, que permanece inexplorado, estende-se desde a parte inferior da crosta terrestre – de 30 a 60 km sob os continentes, mas apenas seis quilómetros por baixo dos oceanos – até ao núcleo. Se forem conseguidos os fundos necessários, estão convencidos de que a missão pode começar ainda esta década e ser completada em 15 anos.
Fonte: Correio da Manhã
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