domingo, 1 de fevereiro de 2015

ESTA BATERIA DURA HÁ 175 ANOS E NINGUÉM SABE PORQUÊ

No Laboratório de Claredon na Universidade de Oxford, existe um sino que toca ininterruptamente pelo menos há 175 anos. Este sino é alimentado por uma única bateria que foi instalada em 1840. Saber do que é feita esta bateria é uma questão que há muito inquieta os cientistas mas o medo da possibilidade de abrir o sino e estragar a experiência é maior – e até porque se deixaria de saber quantos anos mais pode durar a bateria em questão.

O badalo do sino oscila para frente e para trás constante e rapidamente, o que significa que o Sino Eléctrico de Oxford – como é conhecido – tocou já 10 mil milhões de vezes, segundo a universidade.

A bateria que alimenta o sino é uma pilha seca, a antecessora das pilhas comuns contemporâneas. A pilha seca foi inventada por Giuseppe Zambioni no início do século XIX e acredita-se que seja uma das pilhas de Zambioni que alimenta o sino.


“A composição das pilhas não é sabida com certeza, mas é claro que a camada exterior é em enxofre”, escreveu AJ Croft, antigo investigador do Laboratório de Claredon, num artigo científico de 1984, cita o Motherboard. “Pilhas semelhantes a esta foram fabricadas por Zambini, cujas baterias eram compostas por cerca de 2.000 pares de discos de folha de alumínio colados a papel impregnado com sulfato de zinco e revestidos na outra face com dióxido de manganês”, explicava Croft no artigo.

O sino, porém, não constituiu inicialmente qualquer tipo de experiência. Foi construído pela Watkin and Hill, em Londres, possuindo uma nota escrita à mão que indica que foi montado em 1840. Eventualmente, o sino foi comprado por um académico de Oxford que o deixou continuar a tocar. O Livro de Records do Guiness refere-se à fonte energética do sino como “a bateria mais duradoura do mundo”.


Mas não se pense que o barulho constante deste sino é irritante. Além de estar protegido por uma camada de vidro, que isola o som, a voltagem da bateria já é tão pouca que o ouvido humano não consegue ouvir o sino. Mas o balado continua o seu movimento, que pode ser visto neste vídeo.

Actualmente, o sino – que acabou por se tornar numa espécie de experiência – é mais uma curiosidade do que qualquer outra coisa. Contudo nem sempre assim foi. Durante a II Guerra Mundial, os telescópios infravermelhos eram alimentados com recurso a pilhas secas semelhantes, porque apenas era necessária uma fonte de electricidade portável de baixa corrente. No mesmo artigo de 1984, Croft escreveu que foi um físico de Oxford, inspirado pelo sino, que criou as baterias semelhantes para os telescópios.

Fonte: SAPO


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