quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Kalachi: a terra misteriosa onde todos adormecem e ficam dormindo durante muitos dias

De repente, muitos dos cerca de 600 habitantes de Kalachi, no Cazaquistão, começaram a perder a consciência e mesmo a adormecer de repente. Alguns queixaram-se de vertigens, de alucinações e de perdas de memória. A idade não parece ser um factor diferenciador e tanto crianças, como adultos e idosos já foram afectados.

A epidemia silenciosa começou em 2010, quando foram relatados os primeiros casos, mas tem vindo a agravar-se. O assunto chamou a atenção do governo que enviou peritos, virologistas e toxicólogos, mas nem eles conseguiram resolver o mistério.


Para despistar a origem dos adormecimentos súbitos (mas que podem durar até seis dias, e já duraram!) foram feitos testes ao solo e ao ar, realizaram-se exames bacteriológicos e virais e foram feitas análises ao sangue e pele das pessoas afectadas, sem se chegar a qualquer resultado conclusivo.

Apesar de não se terem encontrado respostas esclarecedoras, as autoridades locais têm uma suspeita para a origem do fenómeno: radiação por exposição ao radão – um gás inodoro, incolor e insípido, proveniente da desintegração do urânio, que quando é inalado se torna altamente cancerígeno.


Além da sonolência que tem atacado alguns dos residentes de Kalachi, outros são vítimas de alucinações. Quando Margarita, a filha de quatro anos de Vera Kolesnichenko, lhe disse a chorar: "Mãe tu tens três olhos" e, olhando sobre o seu ombro acrescentou: "Há alguma coisa a sair do aquecedor", a jovem de 31 anos tomou imediatamente a decisão de deixar a vila.

Muitos outros estão tentados a seguir-lhe o exemplo, mesmo sem terem para onde ir, e algumas famílias, com casos mais graves, já foram retiradas da zona. As autoridades estão a considerar evacuar a vila, mas há quem não esteja disposto a sair.

Depois da II Guerra Mundial, foi para aqui que Estaline enviou muitos deportados. Na agora cidade fantasma de Krasnogorsk, existia uma mina de extração de urânio, daí que o Kremlin fizesse questão de controlar directamente esta zona e de mantê-la fechada e secreta.


A mina foi encerrada em 1991, mas a sua proximidade de Kalachi pode ser a causa para os episódios estranhos que se têm vindo a sentir. O professor Leonid Rikhanov, da Universidade de Tomsk, na Rússia, que examinou amostras enviadas de Kalachi, tem a certeza: "Os problemas são causados pela evaporação do gás que está na mina."

Já Sergei Lukashenko, que dirige o Centro Nacional de Segurança Nuclear pensa o contrário: "Isto não tem nada a ver com o radão". Opinião que é partilhada por um antigo mineiro de Krasnogorsk, Vitaly, que contou ao Siberian Times a sua experiência pessoal: "Quando descíamos à mina, a concentração de radão era muito alta e ninguém adormecia..."

Sem o fim do mistério à vista, Kalachi já é chamada deSleepy Hollow o nome da série de televisão, inspirada no conto de Washington Irving, The Legend of Sleepy Hollow e na Lenda do Cavaleiro sem Cabeça. Ou, como dizem as autoridades "a vila onde o sono se tornou num pesadelo".


Fonte: Sábado.pt

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O carro voador está à venda no próximo ano (vídeo)

A pensar em quem não fica satisfeito por viajar apenas nas férias ou em negócios, uma empresa norte-americana criou um "carro voador", com alta tecnologia, dimensões semelhantes às de um automóvel e que pode ser usado no dia-a-dia.

A empresa Terrafugia, sediada em Boston, anuncia que este novo veículo - batizado de Transition - está pronto a ser comercializado já a partir do próximo ano.

Carl Dietrich, presidente-executivo da Terrafugia, diz que o objetivo é transformar o transporte pessoal e oferecer ao público a oportunidade de voar, para onde quiser, com uma mensalidade mínima. Este é o resultado de sete anos de pesquisas e testes. O Transition foi apresentado pela primeira vez em 2013, num espetáculo aéreo de Oshkosh.

Os mecanismos do Transition são muito simples e semelhantes aos de um automóvel; pode transportar duas pessoas em simultâneo, incluindo o piloto, além de ter espaço para bagagem; está preparado para, à semelhança de um carro, ficar estacionado numa garagem absolutamente normal.

Atualmente, o Transition pode voar em mais de 5 mil aeroportos públicos dos EUA e tem autorização para circular em vias públicas e autoestradas. É abastecido com gasolina sem chumbo e pode atingir cerca de 100 km/ hora em terra e 160 km/hora no ar.

No entanto, este "carro voador" precisa de uma pista para levantar voo. Mas a Terrafugia já está a trabalhar num modelo mais moderno capaz de fazer uma descolagem vertical.

O "carro voador" terá um preço base de venda que ronda os 240 mil euros, se preferir alugar e reservar lugar para uma viagem terá de pagar cerca de 8 mil e 700 euros.



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O corpo dum monge foi encontrado muito bem preservado na Mongólia, e os estudiosos budistas garantem que este não está morto, mas sim em transe

O corpo do monge foi encontrado muito bem preservado na Mongólia, e os estudiosos budistas garantem que este não está morto, mas sim em transe.


Um académico budista diz que um monge com 200 anos encontrado na Mongólia, cujo corpo está muito bem preservado, não está morto mas sim num estado de transe meditativo. De acordo com o jornalSiberian Times, o budista Barry Kerzin, consultor do Dalai Lama, afirma que o monge se encontra num estado de tuksam, um transe profundo.

O corpo do monge foi encontrado no norte da Mongólia, na posição de lótus e vestido com peles de animais. Especula-se,segundo a BBC, que a preservação do corpo se deva ao clima frio da Mongólia e ao que o monge vestia.

Os estudiosos budistas propõem uma alternativa, porém: que o corpo esteja preservado porque o monge está vivo, encontrando-se em tuksam, um estado de transe que pode levar uma pessoa a alcançar o estado de buda. "Se o meditador conseguir ficar neste estado de meditação, pode tornar-se um Buda. Chegar a um tal nível espiritual também vai ajudar as outras pessoas", garantiu Kerzin ao jornal.

O monge, encontrado dia 27 de janeiro, foi descoberto pela polícia mongol numa caixa, tendo sido roubado por um homem que tinha intenções de o vender no mercado negro. Foi levado para o Centro Nacional de Perícia Forense, na Mongólia, onde está a ser guardado e analisado para compreender melhor como se conservou durante tanto tempo.
Não se sabe quem é o homem, embora haja suspeitas de que seria um Lama, um professor do budismo tibetano. Foi sugerido,segundo o jornalThe Independent, que poderá tratar-se de um professor do budista Itigilov, nascido em 1852, que morreu em 1927 enquanto meditava. O corpo de Itigilov foi exumado em 1955 e 1973 e, de acordo com relatos da época, permanecia na posição de lótus e muito bem conservado. Em 2002 o corpo voltou a ser exumado e encontrava-se, segundo uma reportagem da época publicada no New York Times, ainda preservado.


Fonte: DN

domingo, 1 de fevereiro de 2015

ESTA BATERIA DURA HÁ 175 ANOS E NINGUÉM SABE PORQUÊ

No Laboratório de Claredon na Universidade de Oxford, existe um sino que toca ininterruptamente pelo menos há 175 anos. Este sino é alimentado por uma única bateria que foi instalada em 1840. Saber do que é feita esta bateria é uma questão que há muito inquieta os cientistas mas o medo da possibilidade de abrir o sino e estragar a experiência é maior – e até porque se deixaria de saber quantos anos mais pode durar a bateria em questão.

O badalo do sino oscila para frente e para trás constante e rapidamente, o que significa que o Sino Eléctrico de Oxford – como é conhecido – tocou já 10 mil milhões de vezes, segundo a universidade.

A bateria que alimenta o sino é uma pilha seca, a antecessora das pilhas comuns contemporâneas. A pilha seca foi inventada por Giuseppe Zambioni no início do século XIX e acredita-se que seja uma das pilhas de Zambioni que alimenta o sino.


“A composição das pilhas não é sabida com certeza, mas é claro que a camada exterior é em enxofre”, escreveu AJ Croft, antigo investigador do Laboratório de Claredon, num artigo científico de 1984, cita o Motherboard. “Pilhas semelhantes a esta foram fabricadas por Zambini, cujas baterias eram compostas por cerca de 2.000 pares de discos de folha de alumínio colados a papel impregnado com sulfato de zinco e revestidos na outra face com dióxido de manganês”, explicava Croft no artigo.

O sino, porém, não constituiu inicialmente qualquer tipo de experiência. Foi construído pela Watkin and Hill, em Londres, possuindo uma nota escrita à mão que indica que foi montado em 1840. Eventualmente, o sino foi comprado por um académico de Oxford que o deixou continuar a tocar. O Livro de Records do Guiness refere-se à fonte energética do sino como “a bateria mais duradoura do mundo”.


Mas não se pense que o barulho constante deste sino é irritante. Além de estar protegido por uma camada de vidro, que isola o som, a voltagem da bateria já é tão pouca que o ouvido humano não consegue ouvir o sino. Mas o balado continua o seu movimento, que pode ser visto neste vídeo.

Actualmente, o sino – que acabou por se tornar numa espécie de experiência – é mais uma curiosidade do que qualquer outra coisa. Contudo nem sempre assim foi. Durante a II Guerra Mundial, os telescópios infravermelhos eram alimentados com recurso a pilhas secas semelhantes, porque apenas era necessária uma fonte de electricidade portável de baixa corrente. No mesmo artigo de 1984, Croft escreveu que foi um físico de Oxford, inspirado pelo sino, que criou as baterias semelhantes para os telescópios.

Fonte: SAPO


Clique para ver o vídeo: