quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Líderes mundiais a beijarem-se na boca 'contra o ódio'



A Benetton lançou esta quarta-feira uma campanha de publicidade que promete espalhar controvérsia pelo mundo fora. A marca de roupa italiana criou uma série de imagens que retratam líderes mundiais a beijarem-se na boca sob o lema «Unhate - Contra o ódio», e planeia expô-las em 'outdoors' que estarão localizados em várias cidades do mundo.

A marca italiana está decidida a apostar no poder da imagem. E, pelos exemplos até agora revelados, pretende tirar partido desse poder para veicular uma mensagem: «Unhate – Contra o Ódio», que dá o título a esta campanha.


Para reforçar o já de si forte poder das imagens criadas, a Benetton anunciou que vai colocar os ‘outdoors’ em locais estratégicos. Uma das imagens da campanha junta o Papa Bento XVI a Ahmed Mohamed el-Tayeb, imã da mesquita Al-Azhar, do Cairo, o mais importante centro de estudos islâmico sunita do mundo. Neste caso, tanto a escolha do local como da imagem são arrojados.


A imagem mostra ambos a beijarem-se na boca, e a Benetton tenciona colocar a imagem num 'outdoor' à entrada da cidade do Vaticano, junto ao Castelo Sant’Angelo, em Roma.

Papa a dar um beijo a Safwad Hagazi, imã do Cairo

A marca revelou que pretende transmitir uma imagem de reconciliação e esperança com o poder simbólico da campanha. A Benetton pretende até colocar um 'outdoor' em Tel-Aviv com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, a beijarem-se.


Os exemplos não param por aqui. As restantes imagens divulgadas pela marca mostram outros beijos na boca entre vários líderes mundiais. A imagem da chanceler alemã Angela Merkel com Nicolas Sarkozy, presidente francês, vai ser projectada na fachada do edifício da bolsa de Milão.


Junto à catedral da mesma cidade, a marca vai colocar um 'outdoor' a mostrar outro beijo, desta feita entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o seu homólogo chinês, Hu Jintao.


Resta aguardar pelas reacções que a campanha vai espoletar. O convite para «não odiar» da marca poderá erguer um sentimento de revolta no público ou, tal como o desejado, despertar nos «cidadãos do mundo» um sentimento de mudança e reconciliação.


A Benetton começou a recolher controvérsia na década de 90 do século passado, quando começou a apostar em simbólicas e arrojadas campanhas de publicidade. Na altura, a marca começou a divulgar imagens com mensagens com temas relacionados com o racismo, a SIDA e até com a guerra dos Balcãs.


Fonte: SOL

Sem comentários: