As enxaquecas têm causa genética. A descoberta foi feita por cientistas portugueses e poderá fornecer pistas para desenvolver novos tratamentos para aquela doença incapacitante, que afecta 15 por cento da população.
Um grupo de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto identificou variantes genéticas responsáveis por um risco aumentado de enxaqueca na população portuguesa, divulgou esta quarta-feira o ICBAS.
O estudo, publicado na revista científica «Archives of Neurology», poderá fornecer pistas para a descoberta de novas terapêuticas, que diminuam a ocorrência de enxaquecas em pessoas predispostas e atenuem a incapacidade que a doença provoca.
Os investigadores debruçaram-se sobre o gene STX1A, responsável pela produção da proteína sintaxina 1A, que regula a libertação de neurotransmissores no sistema nervoso central. Dada a conhecida importância dos neurotransmissores na enxaqueca, os investigadores consideraram ser importante explorar a ligação entre este gene e a susceptibilidade nesta doença.
A investigação envolveu um grupo de 188 doentes com enxaqueca e um grupo controlo de 287 pessoas sem enxaqueca. O objectivo foi identificar variantes que pudessem explicar a maior susceptibilidade de certas famílias portuguesas para a enxaqueca. Sendo que foram encontradas duas variantes associadas a um risco aumentado de enxaqueca no grupo de doentes.
Os resultados permitiram associar, pela primeira vez, o gene STX1A à susceptibilidade à enxaqueca, bem como identificar uma nova variante neste gene que até agora não tinha sido associado à doença.
Fonte: IOL
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