Escultura foi descoberta durante a expedição ao Tibete do alemão Ernst Schäfer, em 1938
Uma estátua budista (ou de cultura Bön) do século XI, descoberta nos anos 30 no Tibete durante uma expedição nazi, foi esculpida num meteorito. O estudo, agora publicado no «Meteoritics and Planetary Science» revela que o meteorito é um ataxito, uma classe muito rara de sideritos, que contém alta quantidade de níquel.
A estátua conhecida como 'Homem de Ferro' pesa 10 quilogramas e representa Vaisravana, o chefe dos quatro reis celestiais, também chamado Jambhala, no Tibete, e uma das mais importantes figuras da mitologia tibetana. É a única estátua feita neste material que representa uma figura humana.
A estátua foi descoberta em 1938 durante um expedição de cientistas alemães liderada pelo zoólogo Ernst Schäfer. A expedição foi financiada pelo chefe das SS Heinrich Himmler e pensa-se que todos os participantes seriam membros desta organização paramilitar nazi.
Após a II Guerra Mundial, o investigador, que pertenceu às SS desde 1933, disse ter aceitado o financiamento da organização para conseguir levar a cabo a sua investigação sobre a vida selvagem e a antropologia do Tibete. Alguns historiados defendem que o apoio de Himmler se deveu ao facto de este acreditar que as origens da 'raça ariana', da qual os nazis achavam que descendiam directamente, se encontravam naquele lugar.
Não se sabe como a estátua foi descoberta, mas pensa-se que a suástica esculpida no centro da figura, símbolo herdado pela cultura hinduísta (e que neste caso simboliza amor e piedade), pode ter encorajado a equipa a levá-la para a Alemanha. Quando chegou a Munique, passou a fazer parte de uma colecção privada e só ficou disponível para estudo após um leilão realizado em 2007.
A equipa que estudou a estátua, dirigida por Elmar Buchner, da Universidade de Estugarda, classificou o material como ataxito, uma classe muito rara de meteorito rico em níquel. A estátua foi esculpida a partir de um fragmento do meteorito Chinga, que embateu com a Terra (entre a Mongólia e a Sibéria) há 15 mil anos. De referir que os primeiros fragmentos só foram oficialmente descobertos em 1913 por prospectores de ouro.
Fonte: cienciahoje.pt
Curiosidades e fenómenos sobre o nosso Mundo. Um setor informativo do Grupo Galeriacores
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Sonda da NASA capta som de «pássaros alienígenas» no Espaço
Uma sonda da NASA captou a gravação mais clara de sempre de sons na magnetoesfera da Terra. O ruído lembra o chilrear de pássaros.
Os sons foram captados por uma das duas Radiation Belt Storm Probes (RBSP, sondas de tempestades na cintura de radiação, em tradução literal) que a NASA lançou recentemente para estudar os fenómenos meteorológicos espaciais.
«A minha mulher chama-lhes pássaros alienígenas», brincou o investigador chefe Craig Kletzingm, astrónomo da Universidade do Iowa.
As duas sondas estão a explorar a magnetoesfera, área em que o sol adiciona energia ao ambiente magnético da Terra, o que resulta na libertação de energia na cintura de radiação de Van Allen.
Estes sons de «pássaros do Espaço» ocorrem em ondas rádio, numa frequência audível para os humanos, num processo em que moléculas de baixa energia transferem a sua energia para moléculas de alta energia, explica o site Space.com.
Além do ruído, os peritos julgam que esta transferência de energia provoca também ondas plasma que afectam factores importantes no clima espacial.
Já se conheciam estes sons há décadas, mas a nova sonda captou pela primeira estes registos numa definição muito mais elevada que os seus predecessores.
Note-se que um melhor entendimento dos fenómenos climatéricos espaciais pode resultar na capacidade de previsão de tempestades solares, que pode provocar curto-circuitos nos nossos satélites e afectar as redes eléctricas no planeta (recorde-se do caso do Quebec em 1989).
As RBSP são um pequeno passo rumo a essas previsões, considerou Kletzing. O grande ponto forte destes aparelhos é a sua capacidade de medir a extensão de um «evento» climatérico espacial, acrescentou.
«De outra forma não saberíamos a extensão de determinada região; pode ser pequena ou grande… podemos começar a mapear a extensão».
Fonte: diariodigital.sapo.pt
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Rússia: Meteorito deixou cratera cheia de diamantes
Um meteorito que embateu na zona da atual Sibéria há cerca de 35 milhões de anos terá deixado, além de uma enorme cratera, um depósito de diamantes em quantidades nunca observadas. Embora a descoberta tenha sido mantida em segredo durante vários anos pelo governo soviético, uma nova investigação revelou mais detalhes sobre o achado que poderá "virar os mercados de cabeça para baixo".
Uma inspeção mais detalhada feita recentemente à zona de impacto, que possui um total de 100 quilómetros de extensão, revelou um depósito de diamantes - não os tão apreciados por noivas ou monarcas, mas os chamados "diamantes industriais", nascidos do impacto e que podem ser utilizados, por exemplo, para a construção de partes delicadas de maquinaria.
As novas informações foram avançadas esta semana pelo Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk. Em declarações à AFP, Nikolai Pokhilenko, diretor do instituto, explicou que "ainda só 0,3% do território foi examinado e já foram encontrados 147 mil milhões de quilates de diamantes industriais", pelo que se está a falar de "enormes quantidades" da pedra preciosa.
Segundo os especialistas, a descoberta abre a possibilidade de a Rússia conseguir reduzir o preço dos materiais sintéticos atualmente produzidos na China, disponibilizando uma alternativa nova e barata para a construção de máquinas e partes de aviões, bem como trabalhos de joalharia.
"Os diamantes da cratera de Popigai poderão virar tudo do avesso. E o que, nesse caso, aconteceria aos preços do mercado, é incerto", salientou Gennady Nikitin, do instituto de diamantes industriais Yakutnipromalmaz.
Os principais obstáculos serão, no entanto, a acessibilidade do local, muito remoto, que se encontra muito afastado de quaisquer estradas e centros populacionais.
Fonte: Boasnoticias.pt
Estudo desvenda o mistério da tentação de comer chocolates
Quem nunca se sentiu tentado a pegar numa barra de chocolate e comê-la de uma assentada? Se até aqui havia quem achasse que era pura gula, um estudo publicado esta semana na revista Current Biology vem mostrar que o “vício” do chocolate pode ter uma explicação.
O estudo, com ratos alimentados a M&M's, provou que a vontade de comer um chocolate atrás do outro está relacionada com a activação no cérebro de um neurotransmissor semelhante à morfina, chamado encefalina, numa determinada região do cérebro, o neoestriado. Os investigadores norte-americanos notam que a área cerebral estudada é a mesma que fica activa quando estamos perante um consumo compulsivo, como acontece, por exemplo, com droga ou comida.
Através de sondas de microanálise implantadas no neoestriado, uma região do cérebro, os cientistas da equipa de Alexandra DiFeliceantonio, da Universidade do Michigan, mediram os níveis de encefalina e dinorfina, dois neurotransmissores, e verificaram que os primeiros aumentavam quando os ratos começaram a comer chocolates e mantinham-se altos enquanto eles comiam. Verificaram também que este aumento era maior nos ratos que começavam a comer mais rápido.
Como esta região do cérebro era, até agora, essencialmente ligada ao movimento, as medições dos níveis de neurotransmissores foram feitas em alturas distintas da actividade dos ratos. Foram registados valores durante as suas actividades normais, como andar na roda, locomover-se ou fazer a higiene corporal e depois quando lhes eram dados os chocolates. Os cientistas verificaram que no primeiro caso os valores de encefalina se mantinham constantes, mas assim que lhes era permitido comer os chocolates aumentavam para um valor 150% superior.
Os níveis de dinorfina, contrariamente aos níveis de encefalina, mantiveram-se inalterados durante o processo de alimentação o que leva a concluir que o aumento verificado nos valores de encefalina são mesmo uma resposta ao “comer chocolates” e não uma consequência do movimento realizado enquanto comem.
Para comprovar esta relação, entre o aumento da quantidade de encefalina e o consumo de chocolates, os cientistas da equipa de DiFeliceantonio injectaram posteriormente esta droga directamente na região do neoestriado do cérebro dos ratos. Verificaram que os animais comeram duas vezes mais chocolates do que de outra forma teriam comido. Em situações normais os ratos comeram em média 10 M&M's em vinte minutos.
“Não são as encefalinas ou outras drogas similares que fazem os ratos gostarem mais de chocolate mas as substâncias químicas do cérebro aumentam o desejo de os comer”, esclarece o comunicado de imprensa sobre o estudo.
“Isto significa que o cérebro tem mais sistemas do que se pensava para levar as pessoas a consumir” refere Alexandra DiFeliceantonio. “Pode ser esta a razão pela qual o consumo excessivo é hoje um problema”, acrescentou a responsável pelo estudo.
O consumo compulsivo caracteriza um distúrbio seja de compulsão alimentar ou de dependência de drogas e estes dados mostram que elevados níveis de encefalina na região cerebral do neoestriado contribuem para gerar um aumento do consumo de alimento.“A área do cérebro que testámos fica activa quando as pessoas obesas vêem alimentos ou quando os viciados vêem cenas de droga” diz a investigadora. “Parece provável que esta descoberta signifique que esse neurotransmissor possa comandar, nas pessoas, algumas formas de consumo excessivo e de dependência.”
Fonte: PUBLICO
O estudo, com ratos alimentados a M&M's, provou que a vontade de comer um chocolate atrás do outro está relacionada com a activação no cérebro de um neurotransmissor semelhante à morfina, chamado encefalina, numa determinada região do cérebro, o neoestriado. Os investigadores norte-americanos notam que a área cerebral estudada é a mesma que fica activa quando estamos perante um consumo compulsivo, como acontece, por exemplo, com droga ou comida.
Através de sondas de microanálise implantadas no neoestriado, uma região do cérebro, os cientistas da equipa de Alexandra DiFeliceantonio, da Universidade do Michigan, mediram os níveis de encefalina e dinorfina, dois neurotransmissores, e verificaram que os primeiros aumentavam quando os ratos começaram a comer chocolates e mantinham-se altos enquanto eles comiam. Verificaram também que este aumento era maior nos ratos que começavam a comer mais rápido.
Como esta região do cérebro era, até agora, essencialmente ligada ao movimento, as medições dos níveis de neurotransmissores foram feitas em alturas distintas da actividade dos ratos. Foram registados valores durante as suas actividades normais, como andar na roda, locomover-se ou fazer a higiene corporal e depois quando lhes eram dados os chocolates. Os cientistas verificaram que no primeiro caso os valores de encefalina se mantinham constantes, mas assim que lhes era permitido comer os chocolates aumentavam para um valor 150% superior.
Os níveis de dinorfina, contrariamente aos níveis de encefalina, mantiveram-se inalterados durante o processo de alimentação o que leva a concluir que o aumento verificado nos valores de encefalina são mesmo uma resposta ao “comer chocolates” e não uma consequência do movimento realizado enquanto comem.
Para comprovar esta relação, entre o aumento da quantidade de encefalina e o consumo de chocolates, os cientistas da equipa de DiFeliceantonio injectaram posteriormente esta droga directamente na região do neoestriado do cérebro dos ratos. Verificaram que os animais comeram duas vezes mais chocolates do que de outra forma teriam comido. Em situações normais os ratos comeram em média 10 M&M's em vinte minutos.
“Não são as encefalinas ou outras drogas similares que fazem os ratos gostarem mais de chocolate mas as substâncias químicas do cérebro aumentam o desejo de os comer”, esclarece o comunicado de imprensa sobre o estudo.
“Isto significa que o cérebro tem mais sistemas do que se pensava para levar as pessoas a consumir” refere Alexandra DiFeliceantonio. “Pode ser esta a razão pela qual o consumo excessivo é hoje um problema”, acrescentou a responsável pelo estudo.
O consumo compulsivo caracteriza um distúrbio seja de compulsão alimentar ou de dependência de drogas e estes dados mostram que elevados níveis de encefalina na região cerebral do neoestriado contribuem para gerar um aumento do consumo de alimento.“A área do cérebro que testámos fica activa quando as pessoas obesas vêem alimentos ou quando os viciados vêem cenas de droga” diz a investigadora. “Parece provável que esta descoberta signifique que esse neurotransmissor possa comandar, nas pessoas, algumas formas de consumo excessivo e de dependência.”
Fonte: PUBLICO
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