Um pesquisador russo declarou esta semana ter encontrado fragmentos do maior corpo celeste que já atingiu a Terra na história registrada. Curiosamente, ele esperou 24 anos antes de ir a público com sua descoberta. Segundo uma pré-publicação no site Arxiv.org, os três pedaços encontrados na Sibéria Central por Andrei Zlobin, do Museu Geológico Estatal Vernadsky da Academia de Ciências da Rússia, podem ter sido parte da gigantesca pedra que explodiu na região em 1908, derrubando, aproximadamente, 80 milhões de árvores em uma área que abrange 2,150 mil quilômetros quadrados. Estima-se que a onda de choque causada pelo impacto tenha sido de 5 graus na Escala Richter.
Concepção artística de um meteorito atingindo a Terra
Embora o impacto de Tunguska tenha sido mil vezes mais poderoso do que a bomba atômica que destruiu Hiroshima em 1945, os cientistas não conseguiram encontrar qualquer fragmento do meteorito que o causou. Uma teoria popular credita o evento a um asteroide ou cometa de gelo que, teoricamente, teria explodido na atmosfera terrestre e evaporado sem deixar vestígios.
Agora, entretanto, Zlobin afirma ter encontrado fragmentos do corpo celeste durante uma expedição em 1988 à área onde a colisão ocorreu. Segundo o pesquisador, três pedras encontradas na restinga do Rio Khushmo, perto do local do impacto, apresentam traços de fusão e regmagliptos – reentrâncias rasas, como impressões digitais, formadas durante a passagem de um meteorito pela atmosfera.
As amostras, que ainda devem passar por uma análise química, não necessariamente refutarão a teoria do cometa de gelo, mesmo que sua conexão com o evento de Tunguska seja confirmada. De acordo com o estudo de Zlobin, o núcleo do cometa poderia ter contido corpos pequenos de pedra e densidade comparável à do núcleo do cometa Halley, que é composto de gelo e poeira.
Fonte: diariodarussia
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