Centenas de milhares de peregrinos juntaram-se para verem os oito fragmentos de ossos com entre dois a três centímetros de comprimento, exibidos numa cama de marfim dentro de um baú de bronze, que estava exposto num pedestal na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
O baú, dado ao papa Paulo VI em 1971 e normalmente guardado na capela dos apartamentos papais, foi decorado com uma escultura de Pedro, que foi pescador antes de se tornar o primeiro papa da igreja católica.
No início da cerimónia solene, o papa Francisco rezou diante do baú, ladeado de rosas brandas e amarelos, e depois abençoou os ossos com incenso.
Os ossos têm estado no centro de uma controvérsia entre historiadores e arqueólogos: foram descobertos numa escavação em 1940 perto do monumento de homenagem a São Pedro, mas acabaram por ficar numa caixa.
Quando a arqueóloga Margherita Guarducci descobriu uma inscrição perto da zona escavada em que se lia "Petros eni" (Pedro está aqui), pediu que os fragmentos encontrados fossem testados.
Guarducci descobriu que os ossos pertenciam a um homem robusto que tinha morrido entre os 60 e os 70 anos e que tinha sido enterrado embrulhado num pano roxo e dourado, o suficiente para Paulo VI afirmar, em 1968, que os ossos de Pedro tinham sido identificados "de uma forma convincente".
Sem testes de ADN que comprovem a conclusão, o debate sobre se os ossos pertencem mesmo a um dos apóstolos de Jesus Cristo deverá continuar, mas o Vaticano já disse que "não tem intenção de abrir nenhuma discussão".
Fonte: JN
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