Um meteorito descoberto há três anos no Saara e estudado em segredo em Espanha contribuiu dados reveladores sobre o planeta Marte, publicou a revista Meteroritics and Planetary Science.
Experientes da Universidade Politécnica de Catalunha determinaram a partir de isótopos que tal rocha espacial se originou há três milhões de anos, do mesmo choque que outros dois meteoritos marcianos caídos em Estados Unidos e Marrocos.
Existe uma nuvem de meteoritos de Marte circulando em uma órbita que a cada tempo atravessa a Terra, e é quando caem estas pedras, explicou Jordi Llorca, químico do Centro de Investigação em Nanoengenharia da Universidade Catalã.
A rocha, de 538 gramas, foi encontrada no Saara tunesino pelo geólogo espanhol José Vicente Casada e o físico David Allepuz, que levaram a Llorca para estudo.
Allepuz assegurou que a comunidade científica pediu manter em segredo a descoberta, com a esperança de encontrar mais fragmentos.
Denominado KG-002, este meteorito pertence ao tipo Shergottite, é o décimo sétimo mais pesado das rochas marcianas encontradas e o que procede de uma maior profundidade do manto do chamado Planeta Vermelho.
Dos pouco mais de 57 mil meteoritos encontrados, unicamente 117 provem de Marte, e o KG-002 é o único de cuja descoberta existe constância audiovisual.
A elevada proporção de masquelinita, mineral formado durante o choque que o desprendeu, faz crer a Llorda que KG-002 vem da maior catástrofe cósmica da que possui evidência física.
A zona de Ksar Ghillane, onde encontraram o KG-002, ao sul de Tunísia, é reconhecida pelaMeteoritical Society como uma das 40 áreas de coleta densa de meteoritos no mundo.
Jessica A., Redatora/Revisora freelance
Fonte: bulhufas.com
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