sábado, 14 de março de 2015

Tecnologia portuguesa para controlar drone com o pensamento

Demonstração do sistema de controlo a partir de terra, por meio de sinais cerebrais, de uma aeronave não tripulada, foi feita em Lisboa.


Pilotar um drone, fazê-lo voltear no céu, para cá e para lá, só de pensar nisso? Não, já não é ficção científica. A primeira demonstração pública aconteceu por cá mesmo, em Lisboa, há cerca de duas semanas, no que foi o resultado do projeto Brainflight - o desenvolvimento da nova tecnologia -, que foi coordenado pela empresa portuguesa Tekever, em colaboração com a Fundação Champalimaud e dois parceiros internacionais, a holandesa Eagle Science e a Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.

"Tivemos esta ideia há quatro anos, há três lançámos o projeto para desenvolver esta tecnologia que designamos BMI, de brain computer interface [interface cérebro-máquina], e agora demonstrámos a possibilidade de utilização da tecnologia, que pretendemos aplicar a novos produtos, para os levar para o mercado. O projeto não era um objetivo em si, serviu para desenvolver e criar a tecnologia", afirma ao DN Ricardo Mendes, engenheiro informático, cofundador da Tekever e um dos seus responsáveis.



Fonte: DN

terça-feira, 3 de março de 2015

Quatro curiosidades sobre o meteorito de Tcheliábinsk, Rússia caído em 2013

Em fevereiro de 2013, a região de Tcheliábinsk, nos Urais, foi atingida pelo o maior corpo celeste a cair na Terra desde o meteorito de Tunguska, em 1908. Dois anos depois da queda, a Gazeta Russa conversou com os principais cientistas russos para saber o que eles conseguiram descobrir sobre o misterioso meteorito de Tcheliábinsk.





Por que o meteorito não foi identificado com antecedência?
“O meteorito de Tcheliábinsk voou rumo à Terra pelo lado do Sol”, explica Vladímir Surdin, cientista do Instituto Astronômico de Sternberg. Segundo ele, essa direção não é observada por astrônomos, por causa da luz ofuscante. “Essa região do Sistema Solar pode ser observada apenas através de telescópios solares especiais, que não permitem estudar nada, exceto o Sol.”
Como ninguém morreu?
“Além de o meteorito de Tcheliábinsk ser relativamente pequeno, com apenas 19 metros de diâmetro, ele voou ao longo da superfície da Terra”, conta Dmítri Wiebe, chefe do departamento de física e evolução das estrelas do Instituto de Astronomia.
A longa viagem através da atmosfera fez com que o meteorito se dividisse em pedaços pequenos, dos quais o maior sofreu combustão antes de atingir a superfície da Terra. Originalmente, o meteorito pesava cerca de 13 mil toneladas, mas caíram na Terra apenas 6 toneladas, ou seja, 0,05% da massa total. Até hoje os cientistas coletaram não mais do que uma tonelada.

Meteorito em números

1.147 pessoas ficaram feridas, das quais 259foram crianças
Foram danificadas 3.724casas, 671 instituições de ensino, 69 objetos culturais e 5 complexos de desportes e lazer
Danos materiais foram avaliados em um bilhão de rublos (US$ 16 milhões)
“Claro, não podemos esquecer que havia também um fragmento grande de 654 quilos que caiu no lago Tchebarkul. Se ele caísse no jardim de alguém, com certeza haveria vítimas”, sugere Wiebe.
Qual é a composição dele?
“O meteorito de Tcheliábinsk pertence a uma classe de condritos ordinários, que representam mais de 90% de todos os meteoritos que caem sobre a Terra”, explica Dmítri Sadilenko, cientista do Laboratório de Meteorítica do Instituto Vernadski.
Eles são chamados de condritos por causa do grande número de “côndrulos” – as agrupamentos formados de gotas de silicato rapidamente solidificadas. “Esse meteorito nunca fez parte de qualquer planeta e é formado por matéria com idade de cerca de 4,5 bilhões de anos, a partir da qual se formaram os planetas do nosso Sistema Solar.”
Quão raro é esse meteorito?
“Ele pode ser considerado o mais ‘fotogênico’ de todos, pois sua queda na Terra foi vista por toda a humanidade”, brinca Victoria Chernenko, cientista do Museu Geológico Vernadski. Este museu, localizado perto da Praça Vermelha, em Moscou, abriga um dos fragmentos do meteorito de Tcheliábinsk.


Fonte: Gazeta Russa